Depois de quase três décadas comandando núcleos de criação de grandes agências, Fernand Alphen trocou o conforto e o salário do mundo corporativo pela rotina desafiadora de uma startup: ele se tornou sócio da LUA, uma empresa cujos usuários revendem, na internet, produtos de diversas marcas.
Confira um depoimento de Alphen, em que ele fala sobre como foi trocar a vida de funcionário pela de empreendedor:
"Comecei a trabalhar com publicidade digital no início dos anos 90. Passei boa parte da minha carreira comandando núcleos de criação e
planejamento de grandes agências, como F/Nazca Saatchi & Saatchi e JWT.
Em 2015, recebi o convite do Marcos de Moraes [fundador da Zip.net e da cachaça Sagatiba] para entrar de sócio na LUA, uma startup de social commerce que ele estava montando. A primeira coisa que me atraiu foi a característica inovadora do projeto.
Se fosse para abrir mão da carreira, da estabilidade e da reputação que eu havia construído, precisaria ser por algo que realmente tivesse capacidade de quebrar paradigmas. Acreditar no potencial do negócio também foi essencial para assumir o risco de trocar uma posição consolidada por uma perspectiva de sucesso a longo prazo. O fato de eu não ter filhos facilitou a decisão.
Não tinha compromissos familiares que precisavam ser revistos ou negociados. Também tive a sorte de receber apoio da maioria das pessoas ao meu redor. Devido à minha experiência, assumi a área de marketing da empresa.
Precisei reaprender muita coisa do zero. Voltei a sentir aquele frio na barriga de construir uma nova marca e precisar conquistar clientes. De vez em quando bate uma nostalgia dos tempos de agência. Fiz coisas incríveis no mundo da propaganda. Mas, assim como acontece com uma startup, tenho consciência que as coisas mudam o tempo todo na vida da gente.
Não adianta se apegar ao passado. Estou bastante animado com o sucesso que a LUA tem alcançado. Em pouco mais de um ano, registramos mais de 400 mil downloads do aplicativo e uma média de mil vendas por dia.”